A hipoterapia tem como principal objetivo promover o desenvolvimento do estado psicológico, físico e social do individuo, atualmente é muito utilizada para pessoas com necessidades especiais, como por exemplo deficientes físicos, atraso mental, autismo, etc A hipoterapia usa os movimentos do cavalo para desenvolver a capacidade do psicossocial, consistindo num método educacional que favorece a aprendizagem, socialização e o desenvolvimento global da pessoa.
Os efeitos terapêuticos com o cavalo têm sido descritos desde a época de Hipócrates (458-370 a.C.), que indicava a equitação como forma de regenerar a saúde. Os destinos do cavalo e do homem são inseparáveis. O cavalo foi utilizado como meio de conquista, de imigração, de transporte, de trabalho, de veneração e de crença, na mitologia, na fabricação de soro e vacina, no lazer e no desporto. Nos dias de hoje é dado um grande destaque como instrumento de reabilitação e educação.
A hipoterapia é muito benéfica para o desenvolvimento do individuo uma vez o cavalo origina movimentos tridimensionais (para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita e para a frente e para trás) parecidos movimentos humanos, e este paralelismo favorece a construção da perceção destes movimentos. Traduzindo-se desta forma em benefícios do sistema vestibular, controlo de movimento, consciência do espaço, entre outros.
Objetivos da Hipoterapia
Proporcionar às pessoas com necessidades especiais físicas, mentais, visuais, auditivas e múltiplas, o seu desenvolvimento biopsicossocial, estimulando suas potencialidades, respeitando os seus limites e visando a integração e inserção social. Tem ainda como objetivo mais específico:
- Proporcionar um bom equilíbrio emocional e corporal;
- Facilitar a organização de esquema corporal do praticante e da sua orientação espacial;
- Desenvolver a estruturação temporal e o equilíbrio psico-emocional;
- Desenvolver e fortalecer funções psicomotoras e força muscular;
- Introduzir e reforçar aprendizagens pedagógicas;
- Estimular a capacidade de atenção, concentração;
- Desenvolver a autoconfiança e auto-estima;
- Estimular a autonomia, independência na condução e no interação com o cavalo;
- Integrar as famílias, possibilitando a troca de experiências, inclusão social e fortalecimento dos vínculos familiares;
- Introduzir as noções básicas de equitação.
Principais beneficios
Psicológicos
- Aumento da auto-estima, confiança e autonomia;
- Desenvolvimento da sociabilidade;
- Diminuição da agressividade e intolerância à frustração.
Cognitivos
- Aumento da capacidade de comunicação e interação das crianças, sobretudo no que se refere ao desenvolvimento das várias formas de comunicação sobretudo da verbal;
- Contribui para a estimulação da concentração.
Físicos
- Facilita o desenvolvimento do equilíbrio, da noção de espaço e postura;
- Favorece a tonificação da musculatura;
- Melhora o tom de voz, o que facilita a pronúncia de palavras devido a uma respiração correta.
A quem de destina?
A Equitação Terapêutica revela-se um complemento terapêutico eficaz no tratamento de portadores das seguintes condições:
- Atrasos gerais no desenvolvimento neuropsicomotor.
- Atrasos mentais.
- Autismo.
- Síndrome de Down.
- Espinha bífida.
- Esclerose múltipla.
- Paralisias, hemiplegias e amputações.
- Distrofia muscular.
- Traumas craneo-encefálicos.
- Perda de mobilidade pela ocorrência de um AVC.
- Distúrbios visuais e/ou auditivos.
- Epilepsia.
- Reabilitação de acidentes.
- Distúrbios emocionais, que podem englobar, perturbações alimentares, toxicomanias, sociopatias e psicomancias.
- Dificuldades de concentração, da fala, de aprendizagem e de comunicação.
- Hiperatividade.
- Problemas de adaptação social.
- Reabilitação de estados de ansiedade, stress, e doenças psicossomáticas associadas tais como, a depressão e o luto.
Contraindicações da Hipoterapia
Antes de se começar um programa de hipoterapia é recomendado uma avaliação de uma equipa de especialistas para definir o programa mais adequado. A hipoterapia não está indicada nos seguintes casos:
- Coluna instável;
- Tumor na coluna;
- Deslocamento do quadril ou das primeiras vértebras do pescoço;
- Vertigens;
- Medo incontornável; entre outros.